Um pequeno grupo de shapers vindo da área de Los Angeles, incluindo Bob Simmons, Joe Quigg, Matt Kivlin, e Dale Velzy usavam a praia de Malibu como centro de teste remontando as pesadas e sem quilhas pranchas maciças. Nem as pranchas Hotcurl e nem as quilhas de Tom Blake se tornaram famosas no continente na época. A madeira redwood foi substituída pela de Balsa, se tornando esta (Balsa) como a matéria-prima principal das pranchas, decaindo o peso para metade, não passando dos 13 kg, a quilha entrou em cena, e a prancha foi totalmente revestida por uma camada protetora de fibra de vidro e resina. O bico começou a se tornar mais acentuado para evitar o indesejável “embicamento”, e as extremidades começaram a ficar mais arredondadas para uma manobrabilidade melhor. Em suas novas “Malibu ships”, os surfistas do final da década de 40 se tornaram cada vez mais hábeis para realização de viradas e cutbacks, e logo encontrando o caminho para o bico.
Em 1956, um grupo californiano de salva-vidas/surfistas, incluindo Greg Noll, Mike Bright, Tommy Zahn, Bob Burnside e Bob Moore, introduziu as “chips” nas praias australianas, onde as pranchas ocas ainda estavam em vigor. Surfistas australianos se converteram a esta evolução da noite para o dia, com isto também se dirigiram para o extremo da aliança entre os salva-vidas, assim que foram excluídas as pranchas como instrumento de ajuda para os salvamentos. Greg Noll argumenta sobre esse dia, “Eu e a equipe trouxemos as nossas pranchas para Torquay. Isso foi depois da corrida de remada, eu e Mike Bright pegamos as nossas pranchas e entramos no mar. Eu me lembro pegar uma onda, ter feito uma virada e um cutback, e então eu olhei em direção da areia e vi um público grande correndo em direção à praia. Eu pensei que alguém tinha tido um ataque no coração”.
Greg Noll saindo na capa de um jornal local de Sindei.
Três lojas de surf, entretanto, haviam sido abertas na Califórnia – Hobie Surfboards e Velzy Surfboards no sul californiano, enquando Jack O’Neil Surf Shop em San Francisco – e as primeiras roupas de borracha estavam no comércio. As matérias-prima das pranchas foram substituídas para poliuretano em 1956, fazendo com que no término da década as madeiras Balsas se tornassem obsoletas.
Mas nenhuma dessas inovações poderia prever o grande sucesso de Gidget, um romance escrito por Frederick Kohner em 1957, se baseando em sua filha em sua introdução ao surf e velho “amor de verão” na praia de Malibu. Alguns meses depois do lançamento do livro, a revista Life seguiu com “Gidget Makes the Grade”, com uma foto cuja capa era Kathy “Gidget” Kohner deslizando sobre as ondas e se divertindo na praia, com os surfistas em vez de homens com índole de esportistas, eram homens com cabelos descoloridos de água oxigenada, menosprezando a idéia de um romance “surfístico”.
“Se eu tivesse algum trocado para comprar o livro, eu compraria uma cerveja”, diz Fred.
A versão Hollywoodiana de Gidget fez mais sucesso ainda, lançado em 1959, fazendo com que os “farofeiros” que eram de longe fossem direto para a costa de Califórnia. A população de surfistas explodiu de 5.000 para 3 milhões de um ano para outro. Com o grande número de surfistas, a preocupação das autoridades com os banhistas aumentou, em Sidnei os surfistas eram obrigados a terem um adesivo de registro para suas pranchas. O conselho municipal de Newport Beach de Califórnia votou em que taxassem os surfistas em três dólares anuais. Quase todas as medidas punitivas foram suspensas antes do final da década, enquanto permaneceram como em leis de segurança local.
Pelo menos, três revistas de surf foram fundadas em 1960 no sul californiano, com a Surfer emergindo na liderança. Professor escolar Bud Browne de Santa Monica, inventado o gênero dos filmes de surf na metade da década de 50, brevemente se juntou com outros produtores de filmes, tanto como big rider quanto um famoso shaper, Greg Noll, John Severson (fundador da Surfer) e Bruce Brown. A primeira geração de surfistas famosos da mídia vinha da Califórnia, incluindo o original hotdogger Dewey Weber, o articulado e poderoso Phil Edwards, e o subversivo Mickey Dora. Os hawaiianos George Downing e Wally Froiseth juntamente com os californianos Buzzy Trent e Walter Hoffman, já tinham pegado o costume em ondas grandes de 25 pés em Makaha passando a surfar no North Shore da ilha de Oahu. O surf em ondas grandes foi visto como um patamar de alto risco diferenciado do surf ordinário, sendo Noll um dos grandes especialistas no assunto, cujo homem testava seu limite em Waimea e Banzai Pipeline usando sua preta-e-branca bermuda de presidiário, fazendo com que fosse o big rider mais famoso da década. Noll e Mickey Dora foram os principais surfistas protagonistas no filme Ride The Wild Surf de 1964, produzido pela Columbia Pictures.
Mickey Dora e Greg Noll em Waimea.
Dúzias de regionais, nacionais, e até mesmo internacionais organizações de campeonatos foram fundadas no começo e metade da década de 60, incluindo o United States Surfing Association, o Australian Surfriders Association e o International Surfing Federation, o Peru Internotional, o United States Surfing Championships, o Australian National Titles e Duke Kahanamoku Invitational. Os resultados destes campeonatos resultaram um alcance global no surf, quando o australiano Midget Farrelly ganhou a estréia do campeonato World Championships em 1964, enquanto o Felipe Pomar de Peru pegou o lugar no ano seguinte.
A banda Beach Boys, Jan e Dean, e os superficiais filmes de Hollywood como Beach Party e Beach Blanket Bingo ajudaram a aumentar a mania na década de 60. Hang Ten, Kanvas de Katin, Sand Comber, e Birdwell Beach Britches eram os fabricantes fundadores dos surf wears.
O esporte por vezes, parecia ser inundado em marketing, a concorrência dos resultados de campeonatos, modelos de pranchas de surf autografadas, organizações de surf, e talvez tendo como contraste o filme de 1964 de Bruce Brown, Endless Summer, um par de surfistas vivendo uma vida tranqüila que deixando tudo para trás à procura da onda perfeita, atingiram em tal profundidade o sentimento entre ambos os surfistas e não-surfistas. O filme de Bruce refletia os sentimentos de alegria e comemoração. Saindo do sistema já vendido e corrompido que a propaganda demonstrava.
Bibliografia: Greg Noll - The Art of the Surfboard & The Encyclopedia of Surfing.